Curso Para Formação de Ator/Atriz

CURSO DE EXPRESSÃO CORPÓREO-VOCAL PARA ATOR/ATRIZ

Público Alvo:
Atores e atrizes em formação, amadores e profissionais.

Estrutura do Curso:
C
onceitos diversos, acompanhados de prática para a formação corpóreo-vocal do ator/atriz.
O corpo, a voz, as emoções, a gestualidade, os movimentos, o rosto, são aparelhagens expressivas que necessitam de trabalho exaustivo para que ele dê conta da interpretação de diferentes personagens.
Noções de dramaturgia e adaptação de textos para teatro, ou seja, o ator/atriz vive o que o autor escreve, portanto, deve estar preparado para entender e saber interpretar as diferentes modalidades de gêneros: comédia, tragédia, drama, farsa, sátira, tragicomédia, epopeia, narrativo, compreendendo o teatro de rua, o circo, o teatro elaborado, o personagem palhaço e o clown, exercitando-se através de textos clássicos aos textos contemporâneos.
Estudo e preparo da chamada Voz Emocional do Ator/Atriz. Trabalhando com racionalidade, ele saberá medir e aplicar as emoções em diferentes medidas e nas respectivas ocasiões dos personagens, sem ficar rouco, com inteligência e carisma.

Objetivo Principal: levar os participantes a refletirem, de forma coerente, profunda e abalizada, sobre conceitos teatrais, dentre eles a formação de repertório técnico, através de instrumentais conquistados com treinamento: corporais, vocais, emocionais. Após ampliação e fortalecimento dos mesmos, o aluno-ator ou a aluna-atriz aprenderão a inseri-los nos diferentes espaços de encenação, recebendo noções de tempo e espaço teatrais.

Programa:

01) Exercitação acompanhada de teorias sobre o desenvolvimento da expressão corpóreo-vocal do ator/atriz, para que ele/ela convença a plateia, com entendimento da narrativa e carisma.

02) Técnicas de Base: Relaxamento, Massageamento, Respiração, Colocação, Articulação e Projeção Vocais.

03) Técnicas para a aquisição da: Retórica, Eloquência, Persuasão e Empatia.

04) O ator/A atriz deve ter ciência de que seu trabalho incide em múltiplos pontos, principalmente, no “o que” e no “como se” fala, bem como, as diferenças interpretativas de determinados “tipos poéticos” em cada dramaturgia. Daí seu preparo, estudo, leitura e treinamento, sempre. Exemplificando: se ele/ela estiver vivendo em cena, a expressão de um camelô, a energização maior se dá na Projeção e no Poder de Persuasão; diferente da estrutura corpóreo-vocal na representação de uma telefonista, em que o domínio deve se ater mais na Articulação e assim, uma performance mais profunda para os personagens trágicos; uma voz menos grave e corpo mais leve para os personagens cômicos; uma arrastada para os personagens bêbados; uma voz metalizada para os paródicos; corpo e voz debochados, escrachados, para os papéis mundanos; falar baixinho para os personagens ensimesmados (porém, toda a plateia tem de ouvir, vai aí mais um adendo técnico).

05 )Ampliar os instrumentais fônicos, para que o ator/atriz possa usar os diferentes tons e alturas de voz exigidas pelo personagem (graves, agudos, médios, intermediários, altos, baixos, sussurrantes, etc.).

06) Ritmo Corpóreo-Vocal (acelerado-crescente, desacelerado-decrescente, rápido, lento, mediando, exercícios de pausa nos lugares certos do texto).

07) Densidade e Potência Vocais (voz mais encorpada de forma a representar um herói, por exemplo, ou personagens que exijam um corpo-voz densos e potentes).

08) Cromatismo corpóreo-vocal-emocional (ensinar o aluno-ator/aluna-atriz a expressar-se sob várias modalidades emocionais, para ampliar o repertório e saber oferecer as emoções corretas a cada fala do personagem). Isso impede o falar sem graça e de um jeito só. Ampliar suas possibilidades de desenhos vocais, com lógica e total agradabilidade, de sorte a impactar o público. O corpo e os gestos acompanham, naturalmente, os desenhos da voz. É impossível dizer a uma amiga: “ – Parabéns, minha querida, hoje é seu aniversário!” de braços cruzados, por exemplo.

09) Ênfase (maneira de realçar a voz, a maior ou a menor importância das falas de um personagem para o outro, ânimo, entusiasmo e força enunciativa para indicar a relevância lógica ou afetiva do que se diz).

10) Dramaturgia (palavra “dormente”), Interpretação (palavra “presente”) e Direção (entre a palavra “dormente” e a palavra “presente”).

11) O discurso escrito carrega a identidade de seu autor, portanto, o ator/atriz que o transmite precisa corresponder a essa identidade de forma lógica, concisa, bela e carismática (prender a atenção do público), falar Ibsen, não é o mesmo que falar Tchekhov; falar Nelson Rodrigues (tessitura arquetípica de linguagem), não é o mesmo que falar Plínio Marcos (tessitura estereotipada de linguagem); falar Ariano Suassuna, não é o mesmo que falar Guimarães Rosa, e assim sucessivamente.

12) Simulação de cenas de autores e de gêneros diversos, com esboços de figurinos, maquiagens, adornos adequados – para estimular a ambientação e com ela a melhoria das performances – que são gravadas e filmadas para posterior reflexão, crítica, análise e comentários conjuntos professor e participante(s), objetivando aprimoramentos sucessivos.
     
Docente: Profª Drª Marlene Fortuna